O Grupo de Danças e Cantares Besclore foi fundado em 1987, é uma das vertentes do Grupo Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Grupo Novo Banco.

Composto por cerca de 40 elementos visa “recolher, representar, promover e divulgar as tradições, usos, costumes, danças e cantares do povo do Alto e Baixo Minho português”. Iniciando a sua representação etno-folclórica nas danças, nos cantares e no trajar do final do XIX, princípio do séc. XX.

O Grupo leva já alguns anos de actividade na exibição da policromia dos trajes de Viana do Castelo, do requinte dos trajes de Braga, da elegância das modas dos vales dos rios Ave e Este, e da vivacidade e alegria contagiante das modas da Ribeira Lima e Serras d`Arga e Soajo.

Tem ao longo dos anos participado em inúmeros espectáculos, festivais de folclore e romarias de Norte a Sul do Pais.Além de Portugal, o Besclore já se exibiu em Espanha, França, Inglaterra e Itália.


Fotografia de Grupo de Agosto de 2014
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PARA QUALQUER ASSUNTO OFICIAL SOBRE O GRUPO CONTACTAR O GRUPO CULTURAL E DESPORTIVO DOS TRABALHADORES DO GRUPO NOVO BANCO(VER CONTACTOS NO MENU EM CIMA).

IX FESTIVAL de FOLCLORE G.D.C. Besclore

No dia 21 de Setembro de 2008 organizámos mais um Festival Nacional de Folclore, que decorreu no Terreiro do Paço, em Lisboa.







Vídeos retirados do you tube - Adriano Augusto

Festitradições de Povos do Mundo 2008 - Lorvão

No passado dia 13 de Julho deslocámo-nos ao Lorvão para actuar no Festitradições de Povos do Mundo 2008, festival organizado pelo GEL.

 Aqui ficam dois vídeos desse dia.






Vídeos recolhidos e editados  por Adriano Augusto


Lorvão
Lorvão, vale umbroso onde as casas se agacham e apertam umas contra as outras, por entre ruelas de lapeira cobertas de mato, como a fazer frente á grande mole arquitectónico do Mosteiro coroado pelo Zimbório cintilante de azulejos é circunstância que diferencia qualquer mortal dos povos vizinhos.

A Vila de Lorvão, que dista a 7 km de Penacova e a 25 km de Coimbra, estende-se pelas encostas de um profundo vale exuberante vegetação, abrigada dos ventos agrestes e banhada pelo sol radiante, deixando ver lá no fundo do seu vale o seu gracioso e secular Mosteiro.



Historial do grupo

O Grupo Etnográfico de Lorvão foi fundado em Março de 1988, e logo iniciou um trabalho entusiástico, mas metódico e persistente, de investigação e recolha, estudo e tratamento das tradições, usos, costumes, trajes, danças e cantares – que, à sombra do Mosteiro de Lorvão, animavam a vida quotidiana das suas gentes, com o objectivo de preservar e divulgar e apresentar o património cultural tradicional de Lorvão.
Das suas actuações, destaca-se a sua participação no Festival do COFIT em 1995 em 2006 - de âmbito CIOFF, Açores, e de Norte a Sul de Portugal, várias Cidades de Espanha, nomeadamente: Murcia em 1991, Sevilha em1993 , Valladolid em 1992, Zamora em 2004, Salamanca em 2005. Ainda no Festival Internacional do CIOFF” La Laguna y las cuidades del Mundo em Tenerife, Ilhas Canárias em 1997 e 2004, Suíça em 2000 e Brasil em 2001. De referir ainda os programas televisivos gravados para a TVI “ Portugal Português “, SIC, e SIC Noticias, Rádio Televisão Portuguesa "Praça da Alegria", RTP África e RTP Internacional, Canal Recorde e Globo no Brasil, TVE Espamha e para o Canal TV Canção Nova, Brasileiro.

O repertório compõe-se de danças e cantares recolhidas na Vila de Lorvão e serras de Aveleira, Roxo, Paradela e S. Mamede. Apresenta trajos dos finais de séc. XVIII, nomeadamente: Criados do Convento, Vendedor de Palitos, Devotos do Senhor dos Passos, Noivos, Leiteira de Paradela, Recoveira, Ver-a-Deus, Romeiros e trajos do final de séc. XIX Paliteiras, Ofícios e Trabalhos Agrícolas, Feira etc.
O Artesanato, a Arte de fazer palitos é uma das prioridades de preservação deste Grupo. O Toque é constituído por instrumentos tradicionais, nomeadamente: A Viola Toeira; Concertina e Harmónio, Cavaquinhos; Bandolim Português; Violões; Pandeiro e Ferrinhos. Os viras; os verdes gaios, o malhão de Lorvão, o saloio e a cana verde, e outras, são as modas alegres e vivas que este grupo apresenta. 

O GEL é membro efectivo da Federação do Folclore Português, da Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego, do INATEL, FAFIF, IOV, CIOFF Portugal e CID.Tem editado um trabalho discográfico denominado “LAURIBANO”, que quer dizer no latim medieval, loureiro oco, nome que deu origem a Lorvão. É mentor e organizador do “Festitradições de Povos do Mundo”, Festival Internacional de Folclore, Gastronomia e Artes Tradicionais, certificado pelo CIOFF, ainda o Festival de Folclore Ibérico, "Popularte", Encontro de Artistas Populares, Encontro Ibérico de Cantares do Ciclo Natalício e há quatro anos a esta parte fundou o Grupo de Cantares “Mulheres de Lorvão”.
Fonte: http://www.fafif.com/gel.htm

Actuação no XXXIII Festival de Folclore de Gloria Ribatejo




No passado dia 5 de Julho, realizou-se o XXXIII Festival de Folclore de Glória do Ribatejo. Do programa fez parte o Cortejo Etnográfico, às 19 horas, pelas ruas da Vila, e que este ano teve por tema, “Lenços e Xailes vão à rua” e a Actuação dos Grupos, às 22 horas no ringue desportivo. Os grupos participantes neste evento foram os seguintes:
  • Rancho Folclórico da Casa do Povo de Glória do Ribatejo
  • Grupo Etnográfico de Danças e Cantares “O Cantaréu”
  • Grupo Etnográfico de Danças das Terras da Feira
  • Rancho Folclórico da Boidobra
  • Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca - Eiras- Coimbra
  • Grupo de Danças e Cantares BESCLORE
  • Rancho Folclórico da Gouxaria

A organização é da Associação Rancho Folclórico da Casa do Povo de Glória do Ribatejo.

Glória do Ribatejo
Glória do Ribatejo é uma localidade do distrito de Santarém, pertencente ao concelho de Salvaterra de Magos. Passou à categoria de Freguesia em 1966 e foi elevada a Vila em 20 de Maio de 1993.
A origem do lugar de Santa Maria da Glória, verifica-se, de uma forma clara e com tal nome, a 30 de Maio de 1362. Data a que corresponde a colocação da primeira pedra da ermida em honra da Nossa Senhora da Glória por el-rei D. Pedro I - O Justiceiro.
É à volta desta ermida que a actual Vila se desenvolveu.
Fonte: http://vimmi.inesc-id.pt/~mjf/gloria.html e

Actuação no Torrão

No passado dia 28 de Junho deslocámo-nos ao Torrão para uma actuação de beneficência no lar da Santa Casa da Misericórdia do Torrão. Aqui fica um pouco da história do local.
Torrão
O Torrão foi concelho de 1266 a 1835. Foi no torrão que o rei D. Afonso V passou a lua de mel na casa da família dos carneiros e borgas. O monte da tumba a dois quilómetros do Torrão, primeiro povoado da região da idade da pedra com aproximadamente cinco mil anos é um forte católico estando a ser acompanhado pelo IPPAR. Foram encontrados várias peças em barro cru e outras em siléx. Não está ainda descoberto o poço ou cemitério. Do povoado brevemente, vão prosseguir os trabalhos pondo o resto a descoberto pois trata-se do forte calcolítico mais antigo da península ibérica

Armas - Escudo de prata, cruz da Ordem de Santiago de vermelho, entre dois feixes de uma espiga de trigo, um ramo de oliveira e um ramo de sobreiro, tudo de verde, atados e vermelho; em ponta, livro aberto de prata, guarnecida e perfilado de vermelho, tendo brocantes duas penas de ouro passadas em aspa. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ TORRÃO – ALCÁCER DO SAL “.
A origem do nome Torrão vem de Torrejam que significa Torre Grande.
Torrejam
Fonte: http://www.torrao.cjb.net/

Actuação Festival do Rancho Folclórico E Etnográfico "Danças E Cantares" Da Mugideira

No passado dia 21 de Junho de 2008 fomos actuar no festival do Rancho Folclórico E Etnográfico "Danças E Cantares" Da Mugideira. Aqui fica o historial do grupo organizador e algumas fotos.

Historial do Grupo
O rancho folclórico e etnográfico "danças e cantares" da Mugideira foi fundado em 9 de Dezembro de 1994 fez a sua primeira apresentação em público em 18 de Julho de 1995.
Esta sediado no lugar da Mugideira, pequena aldeia pertencente a freguesia do Turcifal, que fica situada a 3 km a sul da cidade de Torres Vedras, sua sede de concelho e a 30 km de Lisboa sua sede de distrito. Esta situada numa zona que é rodeada por enumeras quintas, nas quais eram produzidas varias culturas, especialmente vinha e cereais. Faz parte da província da estremadura, região saloia, visto estar bem perto da capital. Quanto ao rancho folclórico, desde a primeira hora efectuou recolhas junto das pessoas mais idosas da freguesia.


Nestas pesquisas conseguiu algumas maravilhas. Nos trajes destacam-se os de pastor, queijeira, abegão, ceifeira, carroceiro,lavadeira mulher da horta, vindimadeira, enxertador, capataz, domingueiros e de festa, entre outros. Nas danças e cantares destacam-se: as carreirinhas, vira castiço, bailarico saloio, enleio,chicote, as saias, as pombinhas da catrina, bailarito, grojé em volta, quem anda no meio, Manuel, fui ao campo as flores, valsa a dois passos, dominó, bico e tacão, verdes gaios... Desde a fundação deste rancho ate ao dia 16 de Junho de 2001, esteve integrado numa associação existente na aldeia e, sentindo necessidade de ir mais longe, a partir desta data tornou-se autónomo, desejando cada vez mais recolher, preservar e divulgar a cultura da região saloia, o mais fielmente possível tem participado em inúmeros eventos e já percorreu o país desde o Minho ao Algarve, tentando representar com a máxima fidelidade, a zona em que se insere. Em 2004 participou num festival mundial de folclore em Zaragoza (Espanha). E em 2005 deslocou-se pela segunda vez a Espanha, desta vez a Boiro (Corunha).

O Minho em Lisboa - III Encontro de Cultura Tradicional

 No dia 14 de Junho de 2008 organizámos mais um Minho em Lisboa.

O êxito das edições anteriores justificava uma aposta mais forte, assim como a sua passagem para “a rua”, como forma de cumprir um dos seus principais objectivos; uma grande manifestação da Cultura Tradicional mas também, uma grande festa de convívio popular.Apresentado o Projecto ao Gabinete do Presidente da Câmara, no imediato acarinhou a ideia e com a colaboração do Departamento de Cultura, foi possível colocar em execução este grande Evento.

O III Encontro de Cultura Tradicional “O Minho em Lisboa”, será porventura, o mais importante evento que acontece em Lisboa, nesta área da nossa cultura tradicional, indo concerteza enriquecer as Festas da Cidade.

Durante a tarde e noite de Sábado, houve artesanato, produtos regionais, música, dança e canto tradicional, transportando para o Terreiro do Paço; um imaginário de ambientes mágicos, onde os vinhedos, as searas de milho e os pinhais, envolvem o azul celeste reflectido pela água límpida de rios plenos de vida e romance.
A broa e o verde tinto, que acompanha os minhotos em qualquer Romaria, não deixará de estimular as gargantas para os poemas tradicionalmente brejeiros, onde estão sempre presentes, os aromas da terra e as artes tradicionais.

Chegada a hora das concertinas, logo aparecem os dançadores e dançadeiras, que irão transformar o Terreiro do Paço, num característico terreiro minhoto. Mas, não há festa minhota sem o seu momento de recolhimento religioso. Assim, no Domingo pelas 10 horas, os Grupos devidamente trajados, vão cumprir o seu dever de cristãos e participar na Missa que vai decorrer na Igreja de São Vicente, acompanhando a cerimónia com cânticos religiosos da tradição minhota. Na tarde de Domingo, um Desfile Etnográfico partindo do Rossio, leva-nos novamente até ao Terreiro do Paço onde os Grupos participantes ficarão disponíveis para explicar aos interessados, as características dos trajes e artefactos, ensinando também as danças minhotas.

Encerra o Evento um Espectáculo de Folclore, seguido de baile popular, recriando um terreiro minhoto em fim de romaria.


Vídeo retirado do you tube - Adriano Augusto

Actuação Festival do Rancho Folclórico As Mondadeiras de Casa Branca

No passado dia 7 de Junho de 2008 deslocamo-nos à aldeia da Casa Branca para actuarmos no Festival do Rancho Folclórico As Mondadeiras de Casa Branca. Aqui fica um pouco da história desta aldeia e o historial do grupo que nos acolheu.

ALDEIA DE CASA BRANCA - CONCELHO DE SOUSEL - DISTRITO DE PORTALEGRE
A doze quilómetros da Vila de Sousel assenta a Aldeia de Casa Branca, situada no fértil Vale do Freixo, junto à margem direita da ribeira de Almadafe. Pertence ao Concelho de Sousel, faz parte da Comarca de Estremoz, Diocese de Évora e está situada no extremo sul do Distrito de Portalegre, do qual faz parte. A história desta Aldeia está um pouco perdida no tempo, sendo a documentação existente pouco clara." Um documento de Manuel Severim de Faria refere que os terrenos onde assenta hoje a freguesia de Casa Branca pertenciam ao Conde de Sabugal - D. Duarte de Castelo Branco. Este possuía entre outras propriedades, uma herdade junto ao Concelho de Avis, ao Norte do Lameirão. Decadente essa herdade, em parte resultado do pouco rendimento que auferia desses terrenos, em virtude da pobreza dos mesmos e que era agravada com a falta de água, resolveu D. Duarte de Castelo Branco dividir esse vasto morgado em glebas, que aforou a diversos, sendo o último a alienar a parte denominada "Morgado", pois era ali, como então se dizia, a “Cabeça do Morgado". Deixou como último rebento, a habitação com a sua quinta, conhecida pelo nome de Quinta do Zagalo, um dos ramos dos primitivos proprietários. Os foreiros tinham como obrigação "o pagamento de um certo foro anual e os quartos". Por outro lado conseguiu o Conde de Sabugal " uma povoação de alguns cem vizinhos que lhe rende hoje o dobro que a herdade lhe rendia (...)", justificando assim a divisão territorial por ele efectuada.Os descendentes foram alienando todos os terrenos em volta, onde se construíram propriedades urbanas: "a primeira que ainda existia edificada, datava de 1581 construída, sem dúvida, do calcário muito branco que ali existia e que exposto à acção da luz, se petrificava e assim facilmente se faziam blocos, quando ainda brando, para após o seu endurecimento, se construírem os muros, ficando os prédios mesmo sem cal muito brancos e quem sabe, talvez a origem do nome "Casa Branca", que se estendeu a todo o aglomerado de casas".

Ainda em relação à formação e origem do topónimo " Casa Branca", fala-se que este deriva de uma casa isolada, de pedra caliça, abundante nesta zona, construída para guardar utensílios de lavoura numa quinta aí existente, a Quinta do Zagalo. E os caminhantes da época, especialmente os padres vindos de Évora ao avistarem a dita casa, sabiam estar perto do seu destino, Avis. A sede da sua freguesia era primitivamente S. Brás, de cuja freguesia se conserva o nome de uma importante feira, "A Feira de S. Brás" ou "Feira das Cenouras", que se realiza anualmente nos inícios do mês de Fevereiro. Em termos administrativos a freguesia de Casa Branca, passou por diversas jurisdições até se fixar definitivamente no Concelho de Sousel. Assim, esteve anexada ao Concelho da Vila do Cano. Em 1839 estava esta freguesia integrada no Concelho de Avis e em 1852 já estava anexada no Concelho de Sousel. Extinto este, na sequência da Grande Reforma Municipal, de vinte e quatro de Outubro de 1855, passou a freguesia de Casa Branca a fazer parte do Concelho de Fronteira. Em 10 de Julho de 1863 o Município de Sousel foi restaurado e a freguesia de Casa Branca foi-lhe anexada. Perante o último Recenseamento Geral da População, a Freguesia de Casa Branca, tinha segundo os Censos de 2001, 1378 habitantes residentes. É uma Freguesia essencialmente rural, onde a maioria da sua população activa se dedica à agricultura. Tendo a agricultura e a indústria lagareira um papel preponderante na economia da Freguesia, assim como o vinho produzido na Herdade do Mouchão. Em redor desta Aldeia, existem diversas herdades, tapadas, quintas… Entre estas, podemos referir a Herdade de D. João, sita na estrada Casa Branca—Vimieiro. Esta Herdade distingue-se pela importância agrícola, tal como a beleza arquitectónica do seu monte alentejano e da sua capela consagrada a Santa Rita. Dentro da Freguesia, podemos mencionar a Quinta de São João, datada de 1940, pela sua bonita arquitectura.

O Poço Largo é actualmente um dos monumentos mais conhecidos da Freguesia de Casa Branca, devido à sua forma arquitectónica menos usual. Construído durante o séc. XIX, foi este poço outrora muito importante, pois era a principal fonte de abastecimento de água potável para toda a população. Este monumento compõe-se de quatro poços, com uma única nascente, sobressaindo ao centro uma pirâmide, da qual se destaca um poço em cada um dos lados.
A Ponte Dourada, situa-se na Herdade do Mouchão, numa zona denominada Dourada, esta ponte foi toda construída em pedra e por isso mesmo, é também conhecida por Ponte de Pedra. Era antigamente a única ponte da Freguesia e aquela que levava os caminhantes à outra margem, quando o rio enchia.
A Igreja Matriz de Casa Branca, consagrada a Nossa Senhora da Graça, é um edifício do Séc. XVIII. Foi um priorado da Ordem de Avis. Situada no centro da povoação, é um edifício de grandes proporções. A frontaria, alta, é decorada com pilastras e cunhais de granito aparelhado. A porta tem um frontão interrompido e janelão ao centro. Por cima da cimalha, encontra-se um espaldar recortado com óculo. Cada uma das torres que compõem o conjunto tem três frestas cada uma e quatro olhais com arcos redondos. As cúpulas, por seu lado, são muito achatadas e com quatro pináculos cada uma. O interior é uma só nave com abóbada de berço e tem três janelões de cada lado. Tem dois altares laterais e dois colaterais, são em talha pintada e dourada, setecentista, época de D. João V. A capela-mor tem dois janelões e quatro portas, sendo duas falsas. O altar-mor é de mármore com colunas cinzentas. Do sec. XVIII, é o silhar de azulejos que se encontra junto ao baptistério, de moldura policroma, representa paisagens e assuntos profanos.
O terreno onde assenta a Igreja de S. Miguel, mais conhecida por Igrejinha pela População, foi uma doação de dois habitantes desta Aldeia, Gaspar Rijo e sua esposa Luísa Dias. Esta Igreja é uma construção do séc. XVII, de pequenas dimensões, apresentando no seu exterior um frontão recortado e um pequeno óculo para iluminação natural do templo. Apresenta na parte inferior do frontão e por cima da porta que dá acesso ao templo, um relevo com a imagem de S. Miguel Arcanjo. No interior é uma só nave, sendo o altar mor em talha dourada. Á direita encontra-se o altar de S. João Baptista, conforme o pedido dos doadores do terreno, e à esquerda está a imagem de nsa Senhora do Carmo. No corpo da Igreja, do lado direito, está um pequeno altar com a imagem de S. Miguel Arcanjo. A lápide sepulcral do fundador da Igreja—Frei Manuel Antunes, encontra-se no altar-mor.
A Torre do Álamo, é o monumento mais enigmático deste Concelho, aquele que gerou mais polémica e disputa da sua pertença entre as freguesias de Cano e Casa Branca, pois ambas o reclamam como património da sua Freguesia. A Torre do Álamo ou Torre de Camões, assim designada pela tradição popular, é o símbolo da vontade de preservar uma identidade e uma história. Situa-se na Herdade do Álamo, uma propriedade privada e pertença de uma família de apelido Peres. Através da observação das Cartas Coreográficas de Portugal, do Instituto Português Geográfico e Cadastral, ou pelas fotografias aéreas fornecidas pelo Instituto Geográfico do Exército, é possível situar geograficamente o monumento e verificar ao mesmo tempo, que este está situado dentro dos limites territoriais da Freguesia de Casa Branca. A sua arquitectura demonstra ser de finais do séc. XV, já com influências renascentistas, visíveis nas paredes interiores. Pela sua altura, localização e aspecto, denota ter sido um edifício com funções militares, tipo “Atalaia”, que permitia uma melhor comunicação entre Avis e Estremoz, importantes centros militares da época. Está a Torre do Álamo, situada em ponto estratégico e dela é possível ver a Torre de Menagem do Castelo de Estremoz, e também o Castelo de Évoramonte. Fala-se também que a Torre do Álamo, pertenceu à família do grande poeta Luís Vaz de Camões.

Historial do Rancho Folclórico As Mondadeiras de Casa Branca

O Rancho Folclórico "As Mondadeiras" de Casa Branca, nasceu por iniciativa da boa vontade e empenho de um grupo de pessoas que se juntaram com o objectivo comum de preservar e divulgar as tradições culturais dos nossos avós.Começou com cerca de 35 elementos, que desde o primeiro momento - 13 Agosto de 2001, tem ensaiado com grande entusiasmo e força de vontade para agrado e satisfação da população em geral, saudosa do "nosso" extinto Rancho Folclórico que tanto prestigiou a nossa terra nos finais da década de 50/60.

O Rancho Folclórico "As Mondadeiras", apresentou-se ao público no dia 9 de Junho de 2002, na terra que o viu "renascer", a nossa - Casa Branca.

O nosso principal objectivo é representar a nossa terra e as nossas gentes, com dignidade e respeito pelas tradições e valores tanto no que respeita a trajes simples, rude e modestos, que caracterizam o nosso povo:
  • Masculino- Pastor, Ajuda, Ganhão, Tirador de Cortiça, Carvoeiros, Chaveiro, Abegão, Feitor, Forneiro, Manageiro, Varejador, Lavrador, Infantil e Domingueiros;
  • Feminino - Mondadeiras, Ceifeira, Azeitoneiras, Amassadeira, Traje da Aldeia, Infantil e Domingueiros;
como nas danças e cantares: as saias, as chotiças, mazurcas, as desgarradas... que sendo caracteristico de um povo Alentejano, muito ficam a dever á dolência que por anedota lhe é atribuída.
É bem certo que muito temos ainda para aprender, e para tal propomo-nos continuar a efectuar a recolha e recuperação de trajes, cantigas, danças tradicionais da nossa terra e essencialmente de tudo o que ainda persiste na memória dos mais idosos.

Actuação Café Concerto

No passado dia 1 de Junho de 2008 fizemos uma representação da ida à romaria no Café Concerto 5 Estrelas, na Escola E.B. 2,3 - Conde de Oeiras, em Oeiras.

Actuação no Festival do Rancho Tradicional de Cinfães

No passado dia 25 de Maio  de 2008 participámos no festival do Rancho Tradicional de Cinfães, que decorreu no Jardim de Moscavide, Loures. Aqui fica o historial do grupo anfitrião e algumas fotos desse dia.































Historial do Rancho Tradicional de Cinfães

O Rancho Tradicional de Cinfães – Associação foi fundado em Dezembro de 2005 por um grupo de pessoas ligadas ao folclore, há vários anos. É composto por 50 elementos distribuídos pela cantoria, tocata e dança. Encontra-se sedeado em Lisboa, na Freguesia de Santa Maria dos Olivais.

Com o seu trabalho pretende:

Integrar e enraizar os cinfanenses que, à procura de melhores condições de vida, abandonaram a sua terra natal para fazerem de Lisboa a sua “segunda terra”.
Preservar e divulgar a cultura popular do concelho de Cinfães, através dos trajes, dos cantares, das danças e das representações etno-folclóricas.

Os trajes que enverga reportam-se à segunda metade do séc. XIX e primeira metade do séc. XX. Os mais característicos são de trabalho, confeccionados com linho, sirguilha, serrubeco e burel.
As danças são na sua maioria modas de roda, exceptuando-se a contradança ou quadrilha, a chula e o fado mandado.
Dos cantares destacam-se os cramóis que são entoados a quatro vozes, na Gralheira, a aldeia mais serrana do concelho.
As representações feitas em palco incidem sobre quadros etnográficos dos trabalhos campestres executados só com os braços humanos.

Este trabalho tem sido mostrado um pouco por todo o país, com maior incidência no Distrito de Lisboa.

Está filiado no INATEL e é sócio efectivo da Associação do Distrito de Lisboa para Defesa da Cultura Tradicional Portuguesa.

Informação gentilmente cedida pelo Rancho Tradicional de Cinfães


Festival Luso-Espanhol - Festas dos Pescadores - Matosinhos

No passado dia 11 de Maio de 2008 fomos actuar às festas do Sr. de Matosinhos. Aqui fica um pouco da história desta romaria.

Festas Sr. Matosinhos
“As Festas do Senhor de Matosinhos decorrem durante os meses de Maio e Junho, prolongando-se por quase três semanas de festividades religiosas e actividades lúdicas, culturais e desportivas.
Milhares de lâmpadas iluminam o espaço da festa e a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, cujos altares são artisticamente decorados com lindíssimas flores. Contudo, a iluminação espalha-se um pouco pela cidade, desde a Rua do Godinho, Parque Basílio Teles, Av. D. Afonso Henriques, Praça Guilhermina Suggia, Avenida Engº Duarte Pacheco, Av. Comércio de Leixões, até Manhufe.
Na Igreja, obra de Nasoni, rezam-se sermões e missas de festa e solenes, e sai uma grandiosa procissão ao Senhor do Padrão. No ano passado, pela primeira vez em 40 anos, voltou a sair à rua a imagem do Cristo Crucificado, uma réplica da peça original que data do Século XIII que a Câmara Municipal mandou executar. A procissão realizava-se sem o andor desde o ano de 1967.
Bandas de música animam as ruas e os tradicionais coretos, expõe-se artesanato, rememoram-se lendas e tradições, ou em jeito de festival, divulgam-se os receituários gastronómicos de peixes e de mariscos.
Entre o fogo de bonecos, na terça feira à tarde e o esplendoroso fogo de artifício de sábado à noite, há matraquilhos, carrosséis e carrinhos de choque, farturas, sardinhas assadas e caldo verde ou, forma suprema de ir à festa, comprar louça tradicional nas barraquinhas da Feira da Louça.”


Viagem às Romarias de outros tempos - Retratos da festa
O doce da Teixeira
Não só o doce da Teixeira é cartaz das festas do Senhor de Matosinhos. Mas é a principal doçura, vindas das margens do rio Teixeira, dos lados de Amarante. Desde os mais pequenos aos mais velhos poucos são aqueles que não gostam de saborear uma fatia do escuro doce. Muitas vezes os mais velhos diziam aos mais novos, sobretudos aos filhos e netos impertinentes que o o doce da Teixeira era feito com cuspo… Mas não é, pode levar alguma camada de pó da romaria, mas agora já vimos os mesmos cobertos por um papel de celofane ou outros. O retrato mostra-nos o delicioso doce, ao lado da regueifa de Valongo, dos rosquilhos e do pão gigante. As vendedeiras de ontem, ao contrário de hoje, apresentavam-se não de branco mas de negro, somente com um lenço mais claro. Cabelos bem penteados, não só pelas cabeleiras profissionais, mas arranjadas por elas próprias com os puxos bem esticados. Nada de barracas, mas sim uns simples paus esticados e uns lençóis brancos. Uma marca da romaria. O doce da Teixeira como sobremesa e a regueifa para acompanhar o cabrito na terça-feira, dia do Senhor.


Há muitos anos...
É o que se pode dizer deste retrato: tem muitos anos. Repare-se no casal de romeiros. Ele de chapéu e fato preto, ela de saia e blusa, avental e lenço na cabeça, calçando meia grossa e chinelos. Ao lado muitos chapéus, outros mais velhos, resguardando-se com avantajado guarda-sol (deveria ser um lavrador abastado) e interessante o grupo de estudantes de capas negras vestidas. As meninas de chapéuzinho e os meninos de boné. Ao fundo o Bom Jesus que ao longo dos tempos vem abençoando os que até si vem.


Os Zés P’ereiras
A festa não é festa sem a zabumba dos Zés P’reiras e os gigantones, mais conhecidos pela canalha miúda por cabeçudos. Eles são os responsáveis pelo anunciar das festas. Ou, melhor, eram, pois agora, nos últimos anos, tem sido figuras desaparecidas, ficando-se por um grupo de bombos e um ou outro gigantone mas longe do preceito doutros tempos. Certamente já se tornará extremamente difícil encontrar um cabeçudo de jeito tantos são os que andam por aí… Mas na foto, que não sabemos quanto anos terá, mas terá já muitos, vemos um grupo imponente, de branco vestido, acompanhados pelo par de gigantones e quatro cabeçudos. E não faltava quem fosse atrás do ribombar dos bombos, sobretudo os mais novos que na passagem do grupo viam a possibilidade do grande gozo das suas festas. Vinham, normalmente, de Ponte do Lima, minhotos também figuras de proa nas festas da Senhora da Agonia. Depois, era vê-los na rua do Godinho, bombos arrumados no passeio e as carcaças dos gigantones e cabeçudos também de fundo ao ar, à porta do Farripinhas, para o refazer do estômago com um escabeche de abrir apetite a um morto, empurrado pelo verde tinto.





O folclore
Não há festa sem bombos, sem bandas de música e sem folclore. As caras bonitas e as arraçadas douradas a par do bailar é um dos momentos altos sempre das romarias. E para os homens a beleza das raparigas, como este retrato documenta, tirado na bifurcação da Avenida D. Afonso Henriques e Alfredo Cunha. Defronte a moradia de Adriano Lucas, hoje as instalações da Confeitaria Duquesa. Os dois homens admiram a beleza feminina e um deles (o mais alto) se a memória não nos falha, é o saudoso Mário da Catróia.


Uma história
Há muitas histórias para contar sobre a romaria. Esta, por sorte, veio-nos cair na nossa frente, no grupo de fotos que nos foi cedido pelo Gabinete de História e Fotografia da Câmara Municipal de Matosinhos. Parece uma fotografia simples, que mostra as ornamentações na Av. D. Afonso Henriques, numa hora de menos concorrência de forasteiros. A para duma simpática senhora vemos um azougado romeiro, chapéu de palha na cabeça e a célebre bengalinha que era mora na altura. Até aqui tudo normal. Só que o “rapaz” que transportava tanta satisfação é o nosso amigo e conceituado matosinhense João Lourival, aí por volta dos seus 14/15 anos, que saindo de sua casa, na Fonte dos Dois Amigos, ludibriando a clausura a que seus pais o votavam, deu um salto à festa e gastou os tostões que tinha na compra do chapéu e da bengala. Depois…Mas o interessante é como esta foto, passados tantos anos, nos veio cair na mesa de trabalho. Lembras-te disto, João?

Viola/Violão

A viola clássica ou violão como hoje usualmente chamamos e utilizamos, tem seis cordas de metal ou também de nylon as três mais agudas, a caixa de tampos chatos e paralelos, com cinta larga, boca redonda, braço longo e escala em ressalto com dezassete tratos, cabeça lisa, cravelhas outrora dorsais de madeira, e agora, mais frequentemente, laterais, de carrilhão (sistema de parafuso sem fim que é mais firme), prisão em cavalete, colado a meio do bojo inferior do tampo. A sua afinação normal é: mi, si, sol, re, la, mi, do agudo para o mais grave. Em casos mais raros a caixa dos violões mostram formas de fantasias, nomeadamente de peixes, bacalhau etc, como também o cavalete em forma de peixe.
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O violão é entre nós geralmente instrumento acompanhante e actualmente pode mesmo considerar-se o mais importante deles todos usando-se em quase todos os conjuntos e ocasiões, “chulas e rusgas”, a acompanhar o canto; outros cordofones, nomeadamente o cavaquinho, instrumentos de tuna etc, e sobretudo a guitarra no fado de Lisboa e de Coimbra. Contudo, vimos que nas “chuladas”, ele desempenha o papel de instrumento cantante baixo. Os violões de entrada, tinham a caixa sensivelmente mais estreita e pequena e em geral, alta; esses modelos continuam a ser preferidos para a “chula”.

Hoje fazem-se de preferência violões largos e altos, especialmente para o fado; numa outra corrente, mais geral e sem características locais, introduzem-se maiores fantasias na decoração e feitio da caixa – pinturas, recortes no alto (que permitem vir com a mão quase até á boca, no lado das cordas agudas, aumentando consideravelmente o âmbito do instrumento, transformando o velho violão num instrumento de jazz com uma técnica nova ajustada a esse tipo musical.

In - Instrumentos musicais populares portugueses- Ernesto Veiga de Oliveira

Grupo Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Banco Espírito Santo

"O Grupo Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Banco Espírito Santo (GCDTBES) foi criado pelo Banco, em 1938, com o objectivo de reunir os colaboradores em torno de um ambiente lúdico, com o intuito de aumentar a motivação e criar uma cultura organizacional forte.

Hoje mantêm-se os valores e o GCDTBES aumentou largamente a lista de actividades promovidas: desde o desporto com destaque para o futsal, o culturismo, o karaté e a natação até actividades de lazer tais como passeios culturais, fins- de-semana de aventura e grupo de folclore.


Na prática das actividades desportivas, o BES está atento à revelação de talentos, apoiando o desenvolvimento das respectivas carreiras.


Uma das actividades mais importantes do GCDTBES é o BESCLORE. Fundado em 1987, o grupo de folclore é composto por 42 elementos e visa recolher, representar, promover e divulgar as tradições, usos e costumes com as danças e cantares do Alto e Baixo Minho português. Das inúmeras participações em festivais, festas de romarias, e espectáculos de beneficência, no País e no estrangeiro, destaca-se a participação no Festival de Folkdance, em Palma de Maiorca. Neste que é considerado um dos maiores e mais importantes do mundo, o BESCLORE já por duas vezes, em 2001 e 2003, obteve o primeiro lugar absoluto.


Embora a participação dos Colaboradores nas iniciativas desenvolvidas pelo Grupo Desportivo e Cultural dos Trabalhadores do Banco Espírito Santo funcione através de um contributo individual, o qual se traduz numa quota anual e numa mensalidade, regista-se também a participação do Banco,através de uma doação anual."



Texto in "Relações com os empregados" - www.bes.pt/iipl.asp?srv=1009&file=21668

RECO-RECO

Reco-reco é um termo genérico dos instrumentos idiófonos que produzem som por raspagem. A forma mais comum é constituída de um gomo de bambu ou uma pequena ripa de madeira com talhos transversais. A raspagem de um pauzinho sobre os talhos produz o som. Também chamado de raspador, caracaxá ou querequexé.




O som do reco-reco chega-nos das terras do Minho. É um instrumento que antigamente os homens faziam facilmente: pegavam numa tábua ou cana e faziam-lhes uns dentes (cortes) e friccionavam-nos, com uma cana rachada. 

Este instrumento era muito utilizado nas festas populares minhotas. 

BOMBO

Bombo (palavra de origem obviamente onomatopeico): instrumento musical de percussão membranoso, consiste em um cilindro, geralmente de madeira, em que nos extremos se ajusta una membrana esticada, usualmente de couro, que é golpeado com um pau. O bombo é muito comum na música folclórica latino-americana.



Concertina

Concertina é o nome pelo qual é conhecido o acordeão diatónico. Trata-se de um instrumento de palhetas livres, com fole, semelhante a um acordeão, com dois teclados dispostos de maneira a favorecer a formação de acordes pelo executante.

A concertina, é um instrumento diatónico no qual, ao abrirmos o fole pressionando um botão, obtemos uma nota musical e, ao carregar no mesmo botão mas a fechar o fole, teremos outra nota. Em Portugal, há vários métodos de ensino da concertina, há quem diga até que a concertina não se pode aprender com notas musicais, opinião esta que está completamente errada, porque a concertina, contém maioria das sonoridades reproduzidas pelas notas musicais.

Trata-se de um aerofone de palhetas livres que são accionadas por meio de um fole que une os dois teclados. O teclado da mão direita produz as notas, enquanto o teclado da mão esquerda produz os acordes e baixos de acompanhamento.


É um instrumento largamente difundido na música de raiz tradicional e Popular Europeia, embora tenha surgido apenas no princípio deste século, depois de construtores alemães terem transformado os seus primórdios chineses, nomeadamente na utilização de palhetas metálicas.
Este instrumento tem a particularidade de emitir notas distintas quando se prime uma tecla e se acciona o fole em cada sentido, o que o distingue do acordeão (que emite sempre o mesmo som, independentemente do sentido com que se acciona o fole).

O teclado principal, tocado com a mão direita, produz as várias notas (numa escala diatónica, ou seja, só com os tons principais) enquanto o teclado da mão esquerda produz os acordes de acompanhamento.

Existem diversas concertinas com diferentes afinações, podendo cada uma ter mais que uma fileira de teclas - com escalas afinadas em diferentes tons.



As concertinas mais comuns na música popular portuguesa são normalmente afinadas em Sól-Dó (GC). Por exemplo, no caso da música cabo-verdiana é mais comum encontrar concertinas com afinação em Fá-Dó (FC). A maioria dos construtores fabricam os seus modelos nas várias afinações e também é possível encontrá-las com três fileiras de teclas (mão direita) e um conjunto mais rico de baixos (mão esquerda).

Durante muitos anos a concertina em Portugal foi ganhando uma conotação negativa, dada a forma uniforme como era utilizada pelos ranchos folclóricos do período do Estado Novo (talvez por permitir resultados relativemente rápidos), contudo é um instrumento onde muitos virtuosos mostram o seu verdadeiro potencial.