O Grupo de Danças e Cantares Besclore foi fundado em 1987, é uma das vertentes do Grupo Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Grupo Novo Banco.

Composto por cerca de 40 elementos visa “recolher, representar, promover e divulgar as tradições, usos, costumes, danças e cantares do povo do Alto e Baixo Minho português”. Iniciando a sua representação etno-folclórica nas danças, nos cantares e no trajar do final do XIX, princípio do séc. XX.

O Grupo leva já alguns anos de actividade na exibição da policromia dos trajes de Viana do Castelo, do requinte dos trajes de Braga, da elegância das modas dos vales dos rios Ave e Este, e da vivacidade e alegria contagiante das modas da Ribeira Lima e Serras d`Arga e Soajo.

Tem ao longo dos anos participado em inúmeros espectáculos, festivais de folclore e romarias de Norte a Sul do Pais.Além de Portugal, o Besclore já se exibiu em Espanha, França, Inglaterra e Itália.


Fotografia de Grupo de Agosto de 2014
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Actuação no Festival do Rancho Tradicional de Cinfães

No passado dia 25 de Maio  de 2008 participámos no festival do Rancho Tradicional de Cinfães, que decorreu no Jardim de Moscavide, Loures. Aqui fica o historial do grupo anfitrião e algumas fotos desse dia.































Historial do Rancho Tradicional de Cinfães

O Rancho Tradicional de Cinfães – Associação foi fundado em Dezembro de 2005 por um grupo de pessoas ligadas ao folclore, há vários anos. É composto por 50 elementos distribuídos pela cantoria, tocata e dança. Encontra-se sedeado em Lisboa, na Freguesia de Santa Maria dos Olivais.

Com o seu trabalho pretende:

Integrar e enraizar os cinfanenses que, à procura de melhores condições de vida, abandonaram a sua terra natal para fazerem de Lisboa a sua “segunda terra”.
Preservar e divulgar a cultura popular do concelho de Cinfães, através dos trajes, dos cantares, das danças e das representações etno-folclóricas.

Os trajes que enverga reportam-se à segunda metade do séc. XIX e primeira metade do séc. XX. Os mais característicos são de trabalho, confeccionados com linho, sirguilha, serrubeco e burel.
As danças são na sua maioria modas de roda, exceptuando-se a contradança ou quadrilha, a chula e o fado mandado.
Dos cantares destacam-se os cramóis que são entoados a quatro vozes, na Gralheira, a aldeia mais serrana do concelho.
As representações feitas em palco incidem sobre quadros etnográficos dos trabalhos campestres executados só com os braços humanos.

Este trabalho tem sido mostrado um pouco por todo o país, com maior incidência no Distrito de Lisboa.

Está filiado no INATEL e é sócio efectivo da Associação do Distrito de Lisboa para Defesa da Cultura Tradicional Portuguesa.

Informação gentilmente cedida pelo Rancho Tradicional de Cinfães


Festival Luso-Espanhol - Festas dos Pescadores - Matosinhos

No passado dia 11 de Maio de 2008 fomos actuar às festas do Sr. de Matosinhos. Aqui fica um pouco da história desta romaria.

Festas Sr. Matosinhos
“As Festas do Senhor de Matosinhos decorrem durante os meses de Maio e Junho, prolongando-se por quase três semanas de festividades religiosas e actividades lúdicas, culturais e desportivas.
Milhares de lâmpadas iluminam o espaço da festa e a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, cujos altares são artisticamente decorados com lindíssimas flores. Contudo, a iluminação espalha-se um pouco pela cidade, desde a Rua do Godinho, Parque Basílio Teles, Av. D. Afonso Henriques, Praça Guilhermina Suggia, Avenida Engº Duarte Pacheco, Av. Comércio de Leixões, até Manhufe.
Na Igreja, obra de Nasoni, rezam-se sermões e missas de festa e solenes, e sai uma grandiosa procissão ao Senhor do Padrão. No ano passado, pela primeira vez em 40 anos, voltou a sair à rua a imagem do Cristo Crucificado, uma réplica da peça original que data do Século XIII que a Câmara Municipal mandou executar. A procissão realizava-se sem o andor desde o ano de 1967.
Bandas de música animam as ruas e os tradicionais coretos, expõe-se artesanato, rememoram-se lendas e tradições, ou em jeito de festival, divulgam-se os receituários gastronómicos de peixes e de mariscos.
Entre o fogo de bonecos, na terça feira à tarde e o esplendoroso fogo de artifício de sábado à noite, há matraquilhos, carrosséis e carrinhos de choque, farturas, sardinhas assadas e caldo verde ou, forma suprema de ir à festa, comprar louça tradicional nas barraquinhas da Feira da Louça.”


Viagem às Romarias de outros tempos - Retratos da festa
O doce da Teixeira
Não só o doce da Teixeira é cartaz das festas do Senhor de Matosinhos. Mas é a principal doçura, vindas das margens do rio Teixeira, dos lados de Amarante. Desde os mais pequenos aos mais velhos poucos são aqueles que não gostam de saborear uma fatia do escuro doce. Muitas vezes os mais velhos diziam aos mais novos, sobretudos aos filhos e netos impertinentes que o o doce da Teixeira era feito com cuspo… Mas não é, pode levar alguma camada de pó da romaria, mas agora já vimos os mesmos cobertos por um papel de celofane ou outros. O retrato mostra-nos o delicioso doce, ao lado da regueifa de Valongo, dos rosquilhos e do pão gigante. As vendedeiras de ontem, ao contrário de hoje, apresentavam-se não de branco mas de negro, somente com um lenço mais claro. Cabelos bem penteados, não só pelas cabeleiras profissionais, mas arranjadas por elas próprias com os puxos bem esticados. Nada de barracas, mas sim uns simples paus esticados e uns lençóis brancos. Uma marca da romaria. O doce da Teixeira como sobremesa e a regueifa para acompanhar o cabrito na terça-feira, dia do Senhor.


Há muitos anos...
É o que se pode dizer deste retrato: tem muitos anos. Repare-se no casal de romeiros. Ele de chapéu e fato preto, ela de saia e blusa, avental e lenço na cabeça, calçando meia grossa e chinelos. Ao lado muitos chapéus, outros mais velhos, resguardando-se com avantajado guarda-sol (deveria ser um lavrador abastado) e interessante o grupo de estudantes de capas negras vestidas. As meninas de chapéuzinho e os meninos de boné. Ao fundo o Bom Jesus que ao longo dos tempos vem abençoando os que até si vem.


Os Zés P’ereiras
A festa não é festa sem a zabumba dos Zés P’reiras e os gigantones, mais conhecidos pela canalha miúda por cabeçudos. Eles são os responsáveis pelo anunciar das festas. Ou, melhor, eram, pois agora, nos últimos anos, tem sido figuras desaparecidas, ficando-se por um grupo de bombos e um ou outro gigantone mas longe do preceito doutros tempos. Certamente já se tornará extremamente difícil encontrar um cabeçudo de jeito tantos são os que andam por aí… Mas na foto, que não sabemos quanto anos terá, mas terá já muitos, vemos um grupo imponente, de branco vestido, acompanhados pelo par de gigantones e quatro cabeçudos. E não faltava quem fosse atrás do ribombar dos bombos, sobretudo os mais novos que na passagem do grupo viam a possibilidade do grande gozo das suas festas. Vinham, normalmente, de Ponte do Lima, minhotos também figuras de proa nas festas da Senhora da Agonia. Depois, era vê-los na rua do Godinho, bombos arrumados no passeio e as carcaças dos gigantones e cabeçudos também de fundo ao ar, à porta do Farripinhas, para o refazer do estômago com um escabeche de abrir apetite a um morto, empurrado pelo verde tinto.





O folclore
Não há festa sem bombos, sem bandas de música e sem folclore. As caras bonitas e as arraçadas douradas a par do bailar é um dos momentos altos sempre das romarias. E para os homens a beleza das raparigas, como este retrato documenta, tirado na bifurcação da Avenida D. Afonso Henriques e Alfredo Cunha. Defronte a moradia de Adriano Lucas, hoje as instalações da Confeitaria Duquesa. Os dois homens admiram a beleza feminina e um deles (o mais alto) se a memória não nos falha, é o saudoso Mário da Catróia.


Uma história
Há muitas histórias para contar sobre a romaria. Esta, por sorte, veio-nos cair na nossa frente, no grupo de fotos que nos foi cedido pelo Gabinete de História e Fotografia da Câmara Municipal de Matosinhos. Parece uma fotografia simples, que mostra as ornamentações na Av. D. Afonso Henriques, numa hora de menos concorrência de forasteiros. A para duma simpática senhora vemos um azougado romeiro, chapéu de palha na cabeça e a célebre bengalinha que era mora na altura. Até aqui tudo normal. Só que o “rapaz” que transportava tanta satisfação é o nosso amigo e conceituado matosinhense João Lourival, aí por volta dos seus 14/15 anos, que saindo de sua casa, na Fonte dos Dois Amigos, ludibriando a clausura a que seus pais o votavam, deu um salto à festa e gastou os tostões que tinha na compra do chapéu e da bengala. Depois…Mas o interessante é como esta foto, passados tantos anos, nos veio cair na mesa de trabalho. Lembras-te disto, João?