O Grupo de Danças e Cantares Besclore foi fundado em 1987, é uma das vertentes do Grupo Cultural e Desportivo dos Trabalhadores do Grupo Novo Banco.

Composto por cerca de 40 elementos visa “recolher, representar, promover e divulgar as tradições, usos, costumes, danças e cantares do povo do Alto e Baixo Minho português”. Iniciando a sua representação etno-folclórica nas danças, nos cantares e no trajar do final do XIX, princípio do séc. XX.

O Grupo leva já alguns anos de actividade na exibição da policromia dos trajes de Viana do Castelo, do requinte dos trajes de Braga, da elegância das modas dos vales dos rios Ave e Este, e da vivacidade e alegria contagiante das modas da Ribeira Lima e Serras d`Arga e Soajo.

Tem ao longo dos anos participado em inúmeros espectáculos, festivais de folclore e romarias de Norte a Sul do Pais.Além de Portugal, o Besclore já se exibiu em Espanha, França, Inglaterra e Itália.


Fotografia de Grupo de Agosto de 2014
ESTE NÃO É O SITE OFICIAL!!
PARA QUALQUER ASSUNTO OFICIAL SOBRE O GRUPO CONTACTAR O GRUPO CULTURAL E DESPORTIVO DOS TRABALHADORES DO GRUPO NOVO BANCO(VER CONTACTOS NO MENU EM CIMA).

Algibeira


O termo Algibeira é proveniente do árabe e permaneceu no trajo popular feminino de quase todas as regiões do país como uma peça interior, escondida dos olhares estranhos, tal como sucede no Algarve, onde são conhecidas por patronas.



Atadas à cintura, escondidas entre a saia de fora e a anágua, sempre que necessário a mão passava através da abertura disfarçada entre as pregas da saia.

No trajo erudito também é conhecido o seu uso. Durante séculos, os tecidos pesados e opacos ocultavam completamente a abertura da saia, que permitia o acesso a esta bolsa. Com as alterações introduzidas na moda durante o período do império (sec.XVIII), as alterações do corte dos vestidos, com cintura alta, e o uso generalizado de tecidos transparentes e leves, torna-se difícil o uso desta peça. Surgem as bolsas suspensas dos cintos ou dos ombros, em tecidos coloridos, bordados e posteriormente com armação em metal, conduzindo ao aparecimento das bolsas de mão.




No Minho vemos que a algibeira se insere tanto no trajo popular como erudito, tendo-se verificado a passagem de uma peça interior para um acessório externo, exibido para ser admirado com o restante trajo.

Nesta região assume uma forma curiosa, um coração estilizado, adaptando-se perfeitamente aos diversos tipos de trajo da região.

Os exemplares apresentados correspondem a algibeiras do trajo de trabalho e domingueiro, já que nas versões mais ricas e garridas o ponto cruz é menos utilizado, sendo substituído por aplicações de fitas, galões e pelo brilho das lantejoulas, das missangas e dos vidrilhos.

Na sua confecção é utilizado um molde de papel que se aplica sobre os retalhos de tecido pretendidos.

Depois de cosidos, eram decorados com a aplicação de fitas, de bordados e botões, de acordo com a inspiração e os materiais disponíveis. Para o forro era utilizado outro retalho de linho ou riscado. 

A função da algibeira, que era usada presa com fitas sobre o lado direito, escondida entre a saia e o avental, é ao mesmo tempo decorativo e funcional.

Nele se guarda o lenço, o terço no segredo (pequena abertura escondida sob a pala), ou os poucos vinténs resultantes da vendo do produto da terra.

No trajo erudito este acessório passou a estar exposto aos olhares de todos. Perdeu a sua simplicidade inicial, para se afirmar pelo exotismo da forma, a riqueza dos materiais e pela exuberância da decoração.




Fonte: O Ponto de Cruz – a grande encruzilhada do imaginário – Museu de Arte Popular – 1998. Imagens retiradas do google.




0 comentários: