Ao contrário da que muitos de nós podemos pensar, castanholas não são apenas um instrumento de terras de Espanha, elas também existem em Portugal, tocadas e feitas por mãos habilidosas. São talhadas nas mais variadas formas e feitios e como que esculpidas com a ponta da navalha.
A castanhola é um instrumento de percussão criado pelos fenícios há
três milénios que foi introduzido nos demais países do Mediterrâneo
através do comércio marítimo desenvolvido por esse povo.
É constituído por dois pedaços de madeira de castanheiro em forma de
prato fundo, perfurado e ornamentado com uma fita que se coloca em redor
do polegar. O seu nome deriva do seu formato, que lembra uma castanha.
As castanholas emitem um som seco e oco, de entoação imprecisa. São de
origem espanhola, se bem que sejam conhecidas desde o tempo dos Romanos,
são populares também em Portugal, assim como alguns países
hispano-americanos.
As castanholas servem de acompanhamento rítmico
para muitas danças folclóricas, como o flamenco, por exemplo. Na
orquestra são colocadas no extremo de uma pequena vara que é agitada,
facilitando deste modo a sua execução a estrangeiros. Empregam-se na
música erudita para obter um colorido espanhol, por exemplo, Carmen de
G. Bizet.
Em qualquer par de castanholas há uma que tem o som mais
agudo do que a outra, distinguindo-se, respectivamente, com os nomes de
castanholas-fêmea e castanholas-macho. Para tocá-las, tem que segurá-las
com o polegar através do cordão que as une; o qual atravessa a sua
parte superior, chamada "orelha", fazendo-as estalar através da
percussão rítmica dos restantes dedos. Em algumas ocasiões, as
castanholas de uma das mãos batem com as da outra, dependendo dos passos
de baile. Também podem ser produzidos efeitos de glissando, ondulando
(alternando as duas mãos), trilos e rufos vêm do norte de Portugal.
Na região do Minho os bailadores tocam e dançam com as castanholas
assim dando uma beleza à própria dança.
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